Em continuação ao texto anterior que mostra a diferença entre hidratação e nutrição capilar, falaremos agora das suas respectivas ações no couro cabeludo e cabelo.
Ao pensarmos no termo “hidratar”, podemos associá-lo à umectação da fibra capilar que pode ser feita com o depósito de partículas de água, favorecendo uma maleabilidade no fio sem comprometer a integridade do mesmo.
Sabemos que a maioria dos processos químicos contribuem para a perda de água no cabelo. O clima e o uso contínuo de mecanismos térmicos como piastra (chapinha) e secador também pioram o quadro de ressecamento.
No couro cabeludo, a hidratação tem como objetivo a proteção de fungos e bactérias que vivem em simbiose na nossa microbiota (a flora bacteriana e fúngica que faz parte da nossa pele), através da associação da secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas formando o manto hidrolipídico (película protetora), que por sua vez protege o couro cabeludo e também lubrifica os fios novos que estão chegando à superfície do óstio folicular (orifício por onde sai o pêlo e também desemboca a glândula sebácea).
A forma de aplicação dos procedimentos no cabelo possui grande relevância no resultado final, assim como a escolha da ferramenta cosmética, porque nos produtos, por mais que sejam de origem profissional, existem composições específicas as quais atenderão bem às necessidades dos seus cabelos e couro cabeludo caso o profissional seja bem orientado. Caso contrário, o resultado pode não ser muito satisfatório!
Excesso de produto não significa bons resultados! Assim como ultrapassar o tempo de pausa do protocolo da marca também não aumenta o potencial de qualidade. A aplicação do produto com parcimônia e de forma adequada mediante as necessidades do cliente é muito importante, pois as necessidades não são padronizadas. Por isso, é necessário um profissional bem criterioso que tenha habilidades práticas e um conhecimento daquilo que está sendo feito. Com um atendimento humanizado e personalizado para cada cliente, as chances de sucesso serão mais assertivas, pois a todo momento podemos ter contraindicações e métodos de execuções diferentes, que implicará no resultado final e grau de satisfação de todos.
Obrigado e até a próxima
Veja também Hidratação dos Cabelos – Parte 1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Manual Técnico Aromaterapia Aplicações de Óleos Essenciais. 2ª. edição. WNF Word’s Natural Fragrancies – Óleos Naturais.
- A Ciência do Cabelo. O livro indispensável do profissional cabeleireiro. 2ª. edição revisada e atualizada. Luis Carlos Carraro Maio / 2010.
- Material de aula: Nutrição Capilar. Profª. Vanessa Suzuki.
- Aula: Anatomia, Fisiologia e Bioquímica da Pele. Dr. Ademir Junior.